segunda-feira, fevereiro 11, 2013

DmC: Devil may Cry ~ Review

Pois é. Zerei-o.

E eu devo ser masoquista, porque ainda quero zerar a campanha do Vergil, que sai no fim do mês.

Enfim. Todos vocês devem saber que eu sou um dos maiores Fanboys de Devil May Cry que existem.

Se não sabem, estão sabendo agora.

E eu digo Fanboy, porque eu me irrito com coisas que um mero fã não se irritaria. Sendo que algumas eu descreverei ao longo do artigo.

E, eu não acho que eu precise lembrar, mas...

ESSE ARTIGO CONTÉM SPOILERS!

Vamos à lista.

Pra começar, descreverei as coisas que eu gostei.


+) Level Design.

O Level Design é excelente!

Não temos mais as múltiplas fases de Devil May Cry, agora toda a missão se comporta como uma coisa só. Isso quer dizer, nada de Loading entre as missões.

Quem jogou Devil May Cry 4 no PC também deve lembrar que o Loading em salas que tinham cutscenes eram um pouco maiores. Como o Loading agora é feito por Streaming, não temos mais esse tipo de problema.

Embora a implementação seja um pouco tosca em algumas partes. Em nenhum momento eu me senti impelido a continuar correndo porque o mundo queria me esmagar. De fato, se você ficar parado por um tempo, a parede fica te encarando... Isso por uns 7 segundos, pra um pedaço que duraria meio.

Isso faz sentido quando têm inimigos, quando é só o mundo querendo te pegar, acho que o intervalo de tempo pode ser menor.

Mas sabe o que me convenceu nesse jogo? A Devil's Dalliance.


+) Trilha Sonora

Nenhuma música aqui é memorável, ou te faz cantarolar a letra em momentos random como as dos jogos anteriores faziam ( "The flinch in your eyes, calls you a bluff..." ), mas todas elas casam muito bem com o ambiente.

Principalmente na fase Devil's Dalliance. A Boate vira um labirinto, e no fundo, podemos ver as ondas sonoras da música tocando!

Eu não sei se elas seguem mesmo a música, mas a suspensão de realidade dessa parte funcionou, e muito bem.

+) Gameplay

O Gameplay não é apelativo ou mole demais. Ele vai te punir pelos seus erros, pelo menos contra os inimigos.

Agora, eu tive um problema com aqueles Dashes aéreos, eles nunca iam pra onde deviam. Um deles me jogou num abismo na hora que uma rajada de lava saiu, me fazendo perder mais da metade da vida.

Fora isso, o jogo é justo. E divertido devo acrescentar.

E o que é melhor: Tanto nos consoles quanto no PC, o jogo roda em Modo Turbo!

Lembram daquela opção de aumentar a velocidade que vinha nos DMC3:SE e no DMC4 do PC?

O Combate fica na mesma velocidade. Só que ele anda na mesma velocidade que andaria se estivesse desligado, de modo que quem sempre jogou no Turbo vai estranhar.

Quanto às armas... Eu nunca usei muito bem o Arsenal de Devil May Cry. Eu sempre usei Rebellion, Ebony & Ivory, e Coyote-A, nada muito além disso.

A Rebellion é eficiente, pra que eu precisaria de algo além?

O problema é que aqui alguns inimigos só podem ser derrotados com as armas demoníacas ou angelicais. Isso quebra um pouco da liberdade que DMC sempre teve. Sem contar que os chefes (e um inimigo, o Butcher) são totalmente imunes à armas de fogo, de modo que a utilidade delas fica bastante reduzida.


+) Ninja Theory se importa

Uma coisa que eu devo dizer: Boa parte dos golpes clássicos estão aqui de alguma forma.

Stinger, High Time, Streak, Calibur, Flush, Summoned Swords, Judgement Cut, Charge Shot, Rainstorm, Round Trip, Prop > Shredder, enfim, inúmeros golpes.

Ver que em um jogo que parece um enorme dedo do meio pros fãs da série clássica, alguém se deu ao trabalho de manter alguma ligação com a série, é algo acolhedor!

Até os nomes dos Trophies, boa parte deles vêm de frases clássicas. Quatro nomes que vocês com certeza vão pensar em frases muito específicas, são "Fill your dark soul with light", "Looks like it's your lucky day", "Keeps getting better and better" e "And you are set free". Cada uma dessas vem de um jogo da série, e eu li com a voz do Dante, cara!

Considerando que a ordem da Capcom foi a de fazer o jogo o mais diferente possível da série clássica, e que ela, desde o SSF4:AE vem erguendo cada vez mais o dedo do meio pro fãs...

Tais idéias devem ter vindo da Ninja Theory...

+) Mundus

Puxa, essa imagem faria muito sentido, se o Mundus clássico não criasse barba quando deixa de ser estátua!

O Mundus, no Devil May Cry 1, era uma estátua do caralho, alguém que a gente só acredita que é um Deus porque ele é um chefe filho da puta de difícil. Fora isso, ele é o personagem mais pastelão da franquia.

Aqui? Cara, agora sim dá pra acreditar que ele é o Rei Demônio!!!

Pra começar, ele caçou o Sparda e a Eva por motivo algum exceto o fato que ela era um anjo (reclamo disso mais tarde), o Sparda era um demônio e os dois podiam ter um filho que, segundo uma profecia antiga pra caralho, ia acabar com o poder dele.

Assim que achou, ele arrancou o coração da Eva, na frente do jovem Dante, e o comeu.

Depois, ele passou a escravizar a raça humana, distorcendo os fatos com um canal de notícias, e colocando uma substância emburrecedora nos refrigerantes.

Agora, ele passa os seus dias fornicando uma mulher de borracha (não é uma boneca inflável, a Lilith tem pele de Borracha, cara) e caçando uns terroristas baderneiros.

Ele é muito mais palpável que uma mera estátua enquanto vilão, e o fato dele se parecer com um dono de puteiro (e ser um, na verdade), faz ele parecer ainda mais acreditável.

Compare ele e o Oscar Maroni e me diga se não são parecidos:



Pois é, meu caro.

+) Kat

Convenhamos, a Kat é o personagem mais subaproveitado do jogo. O que ela faz é ser sequestrada, espancada... Possívelmente estuprada, e depois planejar toda a missão pra invadir a torre do Mundus.

Okay, esse último foi vital, mas fora isso, ela borrifa coisas com esperma de esquilo seco pra que elas fiquem mágicas.

Mas o fato é que não tem como não gostar dela! Ela com certeza faz um trabalho muito melhor que a Lucia!

E... A única personagem que me fez sentir algo diferente de repulsão durante o jogo foi ela.

Eu juro que fiquei com dó quando os filhos da puta da SWAT atiraram no ombro dela (quando ela gritava implorando pra não atirarem) e começaram a pisoteá-la. E quando o Dante, mirando pra ela na primeira missão pergunta "E o que acontece se eu puxar o gatilho?" e ela responde "...I'll die..." com uma voz magoada.

Isso... te impele ainda mais a acabar de uma vez por todas com o Mundus.

+) Vergil

O Vergil QUASE me convenceu de estar jogando um Devil May Cry. QUASE.

Infelizmente, precisaria de mais missões além da 20 pra isso. Mas sério, essa missão é a mais épica de todas desse jogo!

...E também é idêntica à missão 20 do DMC3, só que num lugar menos épico e com menos poderes.

(Essa é a vantagem de ser Fanboy de Devil May Cry. Muita gente disse que ele é difícil, mas não muito. Eu sabia exatamente qual golpe ele iria usar por puro instinto. Quase não tomei dano.)

Mas enfim... Comparado à Diarréia Megatrônica que fizeram com o Dante, o Vergil ficou bem adaptado.

O Vergil Clássico não ligava muito pros humanos. Tudo o que interessava era seu objetivo final, e ele destruiria qualquer um que entrasse em seu caminho. Contanto que você não se metesse, ele não faria esforço algum pra te machucar.

Esse age exatamente desse jeito. Vejam bem, em nenhum momento ele se importa com a Kat, ele apenas a usa enquanto ela tem utilidade. O mesmo vale pro Dante, assim que ele diz que não vai cooperar com o Vergil, ele puxa a Yamato.

E no caso da Lilith, foi perfeitamente compreensível ele atirar na barriga dela. Ela carregava o herdeiro do Mundus, ele queria destruir o Mundus... Percebem?

Se ele deixasse o garoto vivo, Mundus levantaria a guarda novamente, e mesmo que um dia derrotassem-no, ainda teriam que lidar com o filho dele.

Matá-lo ali mesmo foi o jeito mais simples de manter Mundus com a guarda baixa, irado por ter perdido o filho, o que permitiria a eles uma janela de ação.

Pode parecer cruel, mas lembre-se, estamos falando de demônios aqui. Demônios que não se importam com nada além dos objetivos deles.

Por exemplo, assim que a Lilith percebeu, ela começou a chorar e o Vergil deu outro tiro na cabeça dela. Se ele deixasse ela sobreviver, Mundus acabaria com ela, e o Vergil ainda tem um lado mais humano, (mesmo que agora ele não tenha nem porque agir assim, já que não é mais humano), assim sendo, achou melhor poupá-la da miséria.

Isso casa com a personalidade do Clássico, mas também levanta MUITAS contradições.

E agora que eu começo a falar do que eu não gostei no jogo.

-) Vergil

O maior problema do Vergil é que ele não representa em nada a contraparte clássica dele.

O Vergil clássico tinha um objetivo muito claro: Poder. Ele buscava o poder do pai dele, pra evitar que uma desgraça, como a que aconteceu a eles, ocorresse de novo.

Ele diz pro Dante "O poder controla à tudo. E sem poder, você não pode proteger à nada. Nem a si mesmo!" Isso diz claramente que o maior objetivo dele era proteger aqueles que ele ama. No caso, quem quer que viesse a ser importante.

O novo, como já disseram, NÃO TEM UM PINGO DE HONRA!!!

Se o clássico estivesse na mesma situação, ele não mataria a Lilith, pois ele prometeu uma troca. E mesmo que fosse o Dante que tivesse prometido, e ele decidisse matá-la, ainda assim teleportaria pra frente dela, e rasgaria a barriga dela com a Yamato. Ele nunca atacaria pelas costas, ou usaria uma arma de fogo, pois "elas são indignas de um guerreiro de verdade"!

Por sinal... Ele é quem dá as duas armas de fogo destraváveis do jogo, a Revenant e a Kablooey. Faz você pensar.

Ele também não deixaria a Kat pra morrer nas mãos da polícia, porque o objetivo dele era conseguir poder pra proteger aqueles que ama. Mesmo que ele não gostasse tanto assim da Kat, ela o ajudou, e muito, até aquele ponto, de modo que salvá-la seria o mínimo que ele podia fazer!

Os dois tem o raciocínio em comum, mas o Vergil Clássico é muito mais limitado que o moderno, pois ele tem a obrigação de seguir a honra dele, acima de tudo. O que o torna um personagem muito mais querido.

E já que eu estou falando nisso...

-) Descaracterização total da série

Paremos pra analisar os Devil May Cry clássicos:

AGNUS: Como... pode ter t-t-t-tanta diferença entre nós dois?
DANTE: Você abdicou de sua humanidade. Simples assim.
AGNUS: Mas você não é humano...! Então porque eu sou inferior!?
DANTE: Você deduz que os humanos são fracos... Ok, é, os seus corpos não tem as mesmas habilidades
de um demônio, mas os humanos tem uma coisa que os demônios não tem.
AGNUS: O quê...? O que é que falta aos d-d-demônios? Por favor, pela minha pesquisa!
Por favor! Me conte!
DANTE: ... [atira no caderno] ... Se você vai continuar sua pesquisa na próxima vida ...
AGNUS: *HUH!*
DANTE: Primeiro faça a lição de casa ... [atira nele]


Agora, o diálogo quando o novo encontra a Succubus:

"DANTE": Então você deve ser o Ingrediente Secreto...
SUCCUBUS: Quem.... é... você???
"DANTE": Eu sou o seu encontro do Baile, seu saco feio de merda!
SUCCUBUS: QUEM CARALHOS É VOCÊÊÊÊÊÊ??? [vomita]
"DANTE": Você errou! Meu nome, por sinal, é Dante!
SUCCUBUS: Dante? Filho de Sparda??? E Eva??? A Vadiaaaaaarhg! [vomita]
"DANTE": É. Mas você pode me chamar de Dante, o Matador de Demônios. Soa legal, não acha?
SUCCUBUS: Você quer me matar? Você não pode me matar! Eu tenho doze séculos de idade!
"DANTE": Não tem cara de ser mais velha que doze milênios!
SUCCUBUS: VAI SE FODER!
"DANTE": Vai SE foder...
SUCCUBUS: VAI SE FODEEEEEEEEEEER! [vomita]


Compare os dois diálogos. Só isso que eu falo.

Veja bem, eu não sou contra o uso de palavrões. O problema é que você deve saber usá-los. Se você fizer um personagem Gangster como os de Saints Row, não tem problema, agora, estamos falando de caras que juraram proteger a humanidade porque perderam as mães pra um demônio.

Mais importante ainda, é o fato de que o Dante sempre foi inteligente ao ponto de rebater os argumentos dos inimigos com um ainda mais inteligente.

Um exemplo do que o clássico faria:

SUCCUBUS: Você quer me matar? Você não pode me matar! Eu tenho doze séculos de idade!
DANTE: Não tem cara de ser mais velha que doze milênios!
SUCCUBUS: VAI SE FODER!
DANTE: Nossa, é assim que você responde qualquer um que comenta sobre a sua aparência?
Não é difícil de entender porque você mora sozinha nesse abismo cheio de vômito...


E olha que a série clássica nunca se importou com esse tipo de coisa. Uma hora o Nero tá todo fudido preso numa estátua que tá engolindo ele aos poucos, e o Dante fala "Hey! Se você perder a minha espada, eu vou ficar puto!" e o Nero ergue o dedo do meio e diz "Então vem aqui buscar!".

Claro, o "vou ficar puto", "I'm gonna be pissed", não é um palavrão por lá, mas o dedo do meio é um gesto igual a um.

-) Ideias retardadas

Apenas um comentário sobre essa imagem: O Dante clássico ODEIA cigarros. Embora eu não me lembre de ter visto o novo fumando in-game...

Enfim. A história do jogo mudou de um hospício, de onde o Dante seria um esquizofrênico e a história faria todo o sentido (afinal, ele só pensaria que é o Dante) pra uma conspiração onde os Demônios dominaram o mundo e muito poucas pessoas sabem da verdade, uma ideia mais batida que qualquer outra.

Logo na primeira cutscene, somos obrigados a ver um marmanjo flutuando pelado dentro do trailer com um pedaço de pizza mastigado cobrindo suas partes "estratégicas" enquanto ele se veste.

Então vemos que Dante e Vergil são Nephilim's, ou seja, o cruzamento de uma anja com um demônio, o que tira qualquer relação que eles possam ter com os humanos.

Pare pra pensar, que enquanto eles eram meros cruzamentos de Demônios com Humanos, eles ainda tinham como se relacionar com os humanos, pois os humanos eram parte de quem eles eram. Sendo cruzamentos de demônios com anjos, a qualquer hora eles podem se cansar, pensar "porque caralhos eu me arrisco por essa raça inferior???" e tocar um foda-se. O que o Vergil FAZ no final. Na verdade, esse Vergil nunca viu os humanos como iguais, enquanto o clássico sabia do poder deles. E o que impede o Dante de fazer o mesmo? a Kat. Se ela morrer, estamos todos fudidos!

E um pouco antes disso, somos agraciados com o seguinte diálogo:

"VERGIL": É nós dois formamos um belo time...
"DANTE": Mas eu sou mais forte.
"VERGIL": Eu sou mais esperto.
"DANTE": E eu sou mais bonito...
"VERGIL": ... Mundus tá atrás dessa porta, não vamos deixá-lo esperando...
"DANTE": ...
"VERGIL": ... E eu tenho um pau maior.


POR QUÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊ, CAPCOM MALDITA????

"É zuera, né???"

Quem dera, meu caro... E tem coisas ainda piores...

Em um determinado ponto do jogo, ainda vemos o Mundus transando com a Lilith... E ela tem pele de borracha, porque quando ela levanta ela tá com a cara toda deformada, e ela PUXA A PELE PRA ESTICAR.

Nojento. Sem dúvida, o tipo de coisa que eu nunca esperaria ver em um Devil May Cry.

E eu nem vou falar nada sobre como a Kat diz ter descoberto seus poderes.

-) Limbo

O Limbo, então, é uma idéia tão retardada que eu tive que justificá-la em um tópico separado.

Limbo é a dimensão onde os demônios vivem. Certas áreas do jogo só podem ser acessadas pelo Limbo, como a câmara da Succubus, e outras só pelo mundo real, assim como os servidores da torre do Mundus.

É uma boa desculpa pra justificar porque os cenários se fecham, mas...

Ninguém nunca explica como se arrasta alguém pro Limbo, que nem fazem o tempo todo com os dois.

E a Kat, então, é o pior caso. Ela diz ter passado um bom tempo no Limbo, mas nunca entra lá de fato.

Nem quando isso SALVARIA ELA DE SER PISOTEADA, ESPANCADA E TORTURADA PELO MUNDUS!!!

Sério, a única saída do lugar é pelo Limbo, e ela não pensa em pegar a porra do Stencil nas costas e a porra da lata na cintura e conjurar um portal pra fugir com os gêmeos!

QUE NEM ELA FAZ VÁRIAS VEZES PRA MOVIMENTAR OS DOIS!!!

Daí vocês falam que ela não tem armas pra sobreviver no Limbo... Mas dois caras extremamente poderosos estão com ela, não é como se um deles fosse ligar de escoltá-la!

Sem contar que ela está no meio do povo falando "sozinha" na maior parte das vezes em que ela aparece, então... Sério, que porra?

Aliás, o simples fato do Limbo EXISTIR, já nos faz ter dúvidas se o Dante está MESMO combatendo demônios, ou se ele tem uma Overdose galopante cada vez que "entra" no Limbo.

E no fim do jogo, os dois caras que queriam libertar a humanidade, fundem o Limbo com o mundo real, fazendo vários demônios altamente perigosos aparecerem no mesmo lugar que pessoas sem o menor treinamento de combate, que só queriam comprar um litro de leite no mercado, ou algo igualmente comum.

Bom trabalho, caras! É assim que se salva o mundo! Com quem vocês aprenderam, com Kefka Palazzo???



Enfim.

Se querem saber minha opinião sobre o jogo, imaginem que o Stallone e o Chuck Norris vão fazer um filme de ação. Só os dois, destruindo um monte de helicópteros e lugares em selvas isoladas, à moda dos anos 80.

Você senta pra assistir e a primeira cena do filme é a do Stallone comendo a bunda do Chuck Norris.

E ao longo do filme inteiro, eles fazem tudo o que eles sempre fizeram. E seria um filme do caralho se a cada 5 minutos eles não fizessem um comentário extremamente explícito sobre a noite de sodomia que tiveram.

Basicamente, é assim que eu me sinto com esse Devil May Cry, unicamente por terem a brilhante ideia de chamá-lo de Devil May Cry.

Se eles tivessem usado outro nome pro jogo, seria um jogo muito bom!

E se eles queriam fazer o jogo sendo parte da franquia Devil May Cry, chamassem os gêmeos de Romulus e Remus, e contassem a mesma história!

Um reboot não era necessário, quando AINDA se tem tanta coisa pra ser explorada na franquia clássica.

Querem um exemplo? Como exatamente rolou a rebelião do Sparda? Por que, se ele conheceu a Eva há 2000 anos atrás, o Dante continua com, no máximo, 20 anos no terceiro jogo? E como todos os personagens que alegam ter conhecido o Sparda, o conheceram de fato?

Ou então... O que aconteceu com o Nero? Ele ainda usa a Red Queen, ou agora ele só precisa da Yamato? Ele abriu uma filial da Devil May Cry (que nem o Manga diz)? Se sim, como eles decidem qual missão é de quem? Porque não contar a história da Origem do Nero, e fazer duas campanhas, uma do ponto de vista dele, outra do ponto de vista do Dante?

Sério. Queriam fazer um Devil May Cry mais sério, mais maduro, fizessem a história do Sparda!

Queriam se afastar dos clichês da série, sobre humanos, criassem dois personagens diferentes!

Não precisavam matar dois personagens que TODOS OS FÃS DA SÉRIE GOSTAVAM!!!

Esse é o meu ponto de desgosto com esse game. A Oportunidade perdida.

Nota Final: 07 / 10 - Acima da Média

Nota essa extremamente merecida.

Sou da opinião que um jogo é tão bom quanto a diversão que ele te causa.

WET, por exemplo, é um jogo extremamente tosco, mas é tão divertido que fica com a mesma nota.

DmC: Devil may Cry tinha tudo pra ser um 9, mas foi um dos únicos jogos até hoje que me causaram enjôo por jogar.

Ainda assim, ele é um jogo bom, e divertido.

Não recomendo comprarem porque é da Capcom, mas se você não for fanboy putinha de Devil May Cry como eu, pode jogar sem medo.

E é isso que eu tenho pra falar sobre ele. Vejamos se o DLC do Vergil me faz mudar de ideia.

Enquanto isso, fiquem com uma imagem que faria o jogo ser bem mais suportável:



"And the rest... is silence..."