domingo, março 17, 2013

DmC: Vergil's Downfall ~ Review


Sabem aquele sentimento de expectativa que você tem por um game?

Quando você está tão empolgado com o lançamento de um game, que você até faz pre-order?

E quando ele sai, ele supera e muito todas as suas expectativas?

.....

Não, não foi Devil may Cry. Tô falando de Tomb Raider, aquilo sim é um reboot!

... Talvez eu acabe escrevendo sobre ele, mas...

Enfim. Será que Vergil's Downfall compensa os fãs pela diarréia megatrônica que vimos no pacote original, ou ele só serve pra explicar porque diabos chamaram um jogo de Devil may Cry: Devil may Cry?

E... como adaptaram o Vergil? Temos golpes da Force Edge, Beowulf e da Yamato, adaptados pra "Anjo/Demônio"?

Vamos às respostas.

E não, dessa vez eu não vou escrever por tópicos.

E, como sempre tem alguém que esquece:

ESSE ARTIGO CONTÉM SPOILERS!



Sabem qual foi a primeira coisa que eu pensei quando eu vi esse novo Devil may Cry?

"Hm... Temos a cara do Dante na barra de vida... Pra ter a cara do personagem na barra de vida, é sinal que vão colocar algum personagem além do Dante. Considerando que o Vergil aparece aqui... Acho que vai dar pra controlá-lo."

Quando eu peguei a demo, e vi que os olhos dele mudavam de cor, pensei que eu tinha me enganado, já que a cara poderia só servir pra mostrar o modo em que o Dante estivesse... Como se você não pudesse, sei lá, olhar pra sua mão segurando o joystick!

(Ainda assim, é o tipo de firula que eu colocaria num game.)

E, quando saiu esse DLC, eu percebi que durante todo esse tempo eu tinha razão!

(E convenhamos... Não é como se uma mercenária filha da puta como a Capcom fosse deixar de ganhar dinheiro...)

Em primeiro lugar, Vergil não tem nada além da Yamato. Ele pode usar o Angel Mode e o Demon Mode, mas, sinceramente, é só uma maneira de adaptar os botões, já que todos os golpes seriam possíveis sem eles. O olho do Vergil na barra de vida não muda de cor, então, podemos concluir que ele "não tem" os modos Anjo e Demônio.


Como ficou muito fácil de perceber na missão 20 do Original, o Doppelganger dele funciona como o Devil Trigger, e a barra de Devil Trigger volta a ser em runas, diferente da barra usada somente aqui e em DMC2.

... Okay, não são exatamente runas... O único Devil May Cry que usava Runas, de fato, era o primeiro, mas mesmo assim o nome adotado pra todos os outros jogos foi esse. No 3º eles se pareciam com orbes, e no 4 com engrenagens. Aqui se parecem com caixas, e ainda assim os chamamos de Runas.

Honestamente, o jogo, com o Vergil Reboot, é muito menos parado do que com o clássico. Lembrem-se que eu disse que nunca usei direito o Arsenal de Devil May Cry, então como eu ficava só na Yamato, eu era mais defensivo. Aqui ele tem mais liberdade pra bater, alguns golpes novos, mas menos liberdade de movimento do que sua contraparte clássica.

O Vergil era um cara fácil de controlar. Um botão era o responsável pelo Air Trick, e travando a mira, apertando pra frente ele dava um Trick Up, pra trás um Trick Down.

O Novo precisa de dois botões pra não fazer nem a metade disso. o L1 dá um Trick Up, o R1 um Trick Down, e apertando pra algum lado mais qualquer um dos dois, um Air Trick Normal. Tiraram a trava de mira, o que se vai fazer?

Vergil também não tem os chicotes do "Dante", então, pra manter a seção de plataforma, ele usa as Summoned Swords dele. Ele gruda uma Summoned Sword no lugar e ou se teleporta pra lá, ou puxa a Summoned Sword, junto com o objeto, pro lugar certo. Ele também tem algumas plataformas não sólidas, e é necessário jogar uma Summoned Sword pra solidificá-las temporáriamente.

E assim como o clássico, ele não tem Air Hike. Se quiser fazer um pulo duplo com ele, precisa pular, e usar um Trick Up, só que você perde distância fazendo isso, e acaba caindo em 90% das plataformas em que tentar.


A história... é imbecil. Menos do que o original, mas ainda assim, imbecil.

Vergil perdeu pro Dante, que cravou a Rebellion no coração dele, e chegando perto do túmulo de alguém (não lembro quem, mas acho que era a Eva), ele "desmaia".

Daí ele acorda na casa dos pais dele... Aparentemente no "Limbo" (que não deveria existir mais). Andando um pouco, ele descobre um lugar coberto por uma redoma azul (ou seja, angelical) que é o paraíso, e assim que entra, aparece a voz da mãe dele dizendo que ele está morto.

Ou seja, enquanto no original eu tinha minhas dúvidas se o Limbo era uma overdose galopante, aqui eu tenho CERTEZA.

Daí ele sai perseguindo a versão Hollow da Kat e do Dante, mata os dois, depois liberta a mãe dele, embora ele a deixe viva. Isso, de alguma forma, cura o coração dele, e, curado e louco por poder, ele desce o cacete em seu Doppelganger, pega o amuleto de volta, depois re-faz a primeira fase, com puzzles mais difíceis, e acorda.

Daí vem um exército de monstros, que começam a obedecer ele. E a próxima cena é ele liderando um exército de demônios enquanto a cidade pega fogo.

E sim, eu contei a história das 6 missões do DLC. Pra vocês verem como ela é complexa.


Dito TUDO isso... Ela é legal!

Quer dizer, o que parece é que a Capcom não pôs um dedo sequer nesse DLC, e, portanto, dessa vez o Vergil parece muito mais fiel ao seu material de origem.

O único palavrão que eu lembro de ter ouvido foi do "Dante" Hollow, um "Fuck YEAH!!!", mas como eu disse, isso ainda era aceitável na série clássica.

Claro, ele ainda causa convulsões nos fãs da série clássica, mas, considerando que ele precisa fazer sentido com o novo universo, que foi criado únicamente pra isso, eles fizeram o "menos pior" que puderam.

E, o fato de todas as cutscenes terem sido desenhadas, ao invés de um Matinee bonitinho, me diz duas coisas: Ou ia precisar adicionar mais animações ainda nos modelos normais, o que "impossibilitaria" cutscenes real-time, ou a Ninja Theory teve um ataque de preguiça fulminate igual aos da Capcom.

E o pior da história foi ver o Vergil virar O PORRA DO ONI no final do jogo:


Fala se isso não é o Oni?

Sério, caras. PostProcess tem um limite, e o de vocês passou gritantemente! Não só no Vergil, como no Limbo todo!

Enfim. Não há muito mais o que se dizer dessa DLC que eu já não tenha dito sobre o jogo original.

Dito isso, vamos ao veredito:

Nota Final: 07 / 10 - Acima da Média

Esse DLC, durante as três primeiras missões, me fez pensar que compensaria a cagada homérica que foi o original.

Daí chega a missão 04, onde fica bem claro que o Vergil quer poder única, e exclusivamente, pra se vingar do Dante e dominar o mundo.

Uma das frases que o Vergil Clássico diz, e que me faz gostar tanto dele, é:

"O poder controla à tudo. E sem poder, você não pode proteger à nada. Nem a si mesmo."

Vergil era um personagem faminto por poder, sim. Mas ele nunca o quis para proveito próprio. Tudo o que ele queria era evitar que alguma tragédia acontecesse com ele de novo.

O mesmo pode ser dito do Nero. Muita gente não entende direito o lance da Yamato responder à ele, mas tem tudo a ver com isso. Permita-me explicar:


Quando Nero foi preso pelo Agnus, ele corria sério risco de vida. Já tinha sido empalado por um Bianco Angelo, por um Gladius e tinha mais três Angelos atacando ele.

Então ele apaga, e lembra de uma situação que a Kyrie estava em perigo. Considerando que o Manga disse que o braço dele começou a aparecer depois de um ataque de Assaults, é bem provável que ele tenha se lembrado desse ataque, onde além dele se machucar, ele provalvemente teria falhado em proteger a Kyrie. (Acho que a Ordem deve ter eliminado os Assaults que os atacaram).

Enfim. Ele percebeu que precisava de mais poder, se quisesse proteger à alguém, e a Yamato reagiu a isso. E por que ela reagiu? Porque ela achou que fosse o seu antigo dono, o Vergil!


E só pra esclarecer, o demônio que aparece no Devil Trigger do Nero não é o Vergil, é a YAMATO. Lembrem-se que um demônio inexperiente é afetado pela Devil Arm que ele usa. Vergil não mudava de forma tanto quanto Dante, mas ele ainda mudava de forma. De modo que se o Dante emprestasse a Nevan pro Nero, veríamos um holograma de uma vampira peituda realizando os ataques.


Enfim. O DLC vale a compra do jogo original? Eu já disse que não. É da Capcom.

Mas vale a pirataria? Eu diria que vale.

E é isso que eu tinha pra falar. Como fanboy retardado que sou, podem esperar que eu ainda vou jogar as sequências dessa porra enquanto tiver meios de pirateá-la. Mas, por ora, eu preciso de uma boa dose de Devil May Cry 4.

GET DOWN!!! GET LOW!!!